Faltam 126... será?

O meu novo mapa mundo orgulhosamente estendido por trás de mim, como se me guardasse as costas, diz que existem 168 bandeiras, 168 países. Sempre ouvi dizer que eram mais, deve faltar aqui qualquer coisa.

De qualquer forma, desses 168 já estive em 42, o que não é uma má média aos 29 anos. Dá 1,45 países por ano. Se eu viver até aos 70 anos (que depende de algumas variáveis), e mantiver a mesma média, preve-se que visite mais 59 país até ao fim da vida que adicionados aos 42 dão 101 países. Isto a visitar 1 país e meio novo todos os anos, ou 3 países novos em cada 2 anos se preferirmos.

Mas mais importante do que esta contabilidade dos números é o facto de eu querer viver cada um dos países novos, chegar perto dos seus segredos, dos seus fados, provar os seus pasteis de bacalhau, dançar nos seus santos populares, resmungar em coro com os seus velhos do restelo, rir contagiado nas suas tascas, provar a aguardente que é "deles" e aprender a dizer "obrigado"!

Isto torna a missão um pouco mais díficil, mas só assim é que é digna de ser uma missão. 100 países, 100 aguardentes e 100 vezes a palavra "obrigado"!

Hoje:



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Objectivo:



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Medidor de convicção

Já há muito tempo que olho com desconfiança para o actual sistema democrático onde todos os votos são iguais.

Desculpem lá, mas os votos não são todos iguais e é extremamente injusto que valham o mesmo.

Sugiro portanto que haja na mesa de voto, em anexo ao boletim, um ponderador de convicção.

Um eleitor que vota num determinado partido ou candidato tem de responder a 4 perguntinhas sobre o programa desse partido ou candidato e assim medir o grau de convicção. Se um eleitor acertar em todas as perguntas o seu voto vale 100%, se acertar em apenas uma o seu voto vale 25%.

Obviamente que os comunistas estariam sempre em vantagem pois o seu programa eleitoral não mudou ainda nos ultimos 30 anos. Fica mais fácil decorar a cassete!

Mas acho isto muito positivo. Viva o medidor de grau de convicção no momento eleitoral, o MGCME.

Vamos criar um movimento de cidadãos?

Alegrices

Manuel Alegre considera criar um novo partido depois de ter tido mais de 1 milhão de votos.

Concordo, não faça é grande tabu sobre o que vai fazer, é que, Sr. Alegre, existe 1 milhão de portugueses neste momento, sem rumo, sem direcção, sem vento que lhes dê de popa, na expectativa do que o senhor vai fazer a seguir. Ah pois é! 1 milhão de pessoas que o seguirão para qualquer lado, não tenha a menor dúvida.

E ainda por cima, um milhão muito diversificado. Há os que votaram em si porque criam lixar o soares, depoiis há os que são do PSD mas criam lixar o PS, há os que são do CDS e criam vingar-se do Soares, os que são do PCP mas só para lixar o Soares: PIMBA, os que são do PS mas não gostam do Sócrates pois ainda não tiveram o seu tacho: PIMBA, os que nunca votam mas que se deixaram ir nessa conversa do poder do cidadão sem partidos e ainda há os que gostam muito de poesia.

Ora bem, é um milhão de pessoas que está neste momento desamparada, a aguardar o que o seu líder irá fazer.

Sr. Alegre se me permite deixe-me aconselhar que, faça o que fizer, vá ao encontro das expectativas dos seus apoiantes, caso contrário corre sérios riscos de os perder. Sugiro portanto um movimento cívico com sedes espalhadas por todas as capitais de distrito, com actividades recreativas como o lançamento da malha (tendo esta uma fotografia do Soares) e os pinos serem bonecos das caldas com a cara do Sócrates. No intervalo da malha, lê-se poesia.

E assim segue o movimento, cantando e rindo, com Alegria, que é o que faz falta!!!

Águas passadas

Quis saber a que sabia a água do rio e mergulhei no mar.

E aqui estou,
a aguardar que seja tanta essa água do rio
que inunde o mar e eu a possa provar.

Agora vales-me tu que estás na fonte.

Conta-me lá Raul afinal,
a que sabe a água do rio e eu conto-te a ti a que sabe este sal.

Aspirinas

Marques Mendes: medidas do Governo são apenas «aspirinas»

Isso é bom ou mau para as aspirinas?

Ser feliz é ver-te

E eu nao nem me importava de ser sempre feliz só para te ver!

Voltando aos sufixos

Um ice é fraco, um ismo é forte. Julgo ser esta a regra a aplicar nos sufixos. Um ismo ganha sempre a uma ice.

Vejamos um exemplo paradigmático. Um leão é muito mais imponente do que uma minhoca. Mas uma leaozice contra um minhoquismo já faz da minhoca um ser muito mais grandioso.

Percebo portanto que o sufixo é para ser utilizado consoante nos agradou ou não o acto de alguém e podem conviver os dois sufixos, eu posso fazer um Nandismo (fechar a torneira quando estou a lavar os dentes) logo seguido de uma Nandice (tirar um macaco do nariz).

Porém há palavras que não têm escolha, já nasceram fadadas a ser o que lhes chamam. Tolice, por exemplo. Não existe nenhum tolismo. Não é possível a uma tolice ser promovida a tolismo, basicamento o criador (da lingua) nem sequer pôs essa hipotese de um tolo dizer algo positivo merecedor de um ismo.

Mas eu até aqui percebo. Acho muito mais injusta a palavra meninice. Então nós andamos constantemente a dizer que as crianças é que são, o futuro são as crianças, elas são a nossa alegria, bla bla bla, e depois dizemos que as crianças passam pela fase da meninice em vez do meninismo. Fico desapontado!

E o Vice? O Vice-Ministro ou o Vice-Rei. Subtilmente estão a dizer-lhe "aqui tens um cargo em que não mandas nada, não fazes nestum, e além disso toda a gente sabe da tua inutilidade porque não te vais chamar Vismo-Presidente mas sim Vice-Presidente"

E a Alice? As milhares de Alices que existem no país e que sem saberem foram destinadas a ser gozadas e menosprezadas constantemente. Na cabeça das pessoas Alice é, e será sempre, uma asneira praticada pelo Al (Al Gore). Quando ele perdeu as eleições para o Bush aquilo foi uma Alice... além de uma Nabice, concordo.

Enfim, Acho que o caminho é respeitar mais os ices. Deixa-los viver a sua individualidade, encontrar o lado bom de cada ice. Nas palavras e na vida.

Bonito serviço!

Pode ser por isto... pelo facto da expressão bonito serviço ser utilizada quando alguém faz uma asneira, que de repente toda a gente parece evitar prestar um bom serviço.

Fui ao complexo do jamor tentar alugar um campo de futebol 5.

Digo eu: Bom dia!
Diz ele: Bom dia. (Entre dentes e sem tirar os olhos do jornal desportivo)
Digo eu: Alugam campos de futebol 5?
Diz ele: Sim.. (Entre dentes e sem tirar os olhos do jornal desportivo)
Digo eu: Aceitam marcações?
Diz ele: Sim.. (Entre dentes e sem tirar os olhos do jornal desportivo)
Digo eu: Queria marcar para todas as 5as feiras das 19h às 20h
Diz ele: Só é possível marcar no próprio dia.. (Entre dentes e sem tirar os olhos do jornal desportivo)
Digo eu: Mas tenho de telefonar todas as 5ªs feiras de manhã para marcar o campo para a tarde?
Diz ele: Não aceitamos marcações por telefone. Terá de se deslocar aqui de manha para marcar para a tarde.. (Já não entre-dentes e desenvolto, ar vitorioso de quem já me encavou)
Digo eu: E se eu pagar logo um mês de avanço?
Diz ele: Só é possível marcar no próprio dia. (Regressado ao entre-dentes, desta vez com ar de quem pergunta "porque é que este gajo não se dá por vencido?")
Digo eu: E se eu deixar aqui 5 cheques predatados, um para cada semana e depois ligar?
Diz ele: Só é possível marcar no próprio dia.
Digo eu: Obrigado e bom dia! (Resignado)
Diz ele: Bom dia.

Digo eu para mim mesmo: Bonito serviço!!!!

Contradições

Há pouco tempo vi uma biografia do John Lenon e soube que ele disse um dia que "planear é o que fazemos enquanto a vida acontece".

Apesar da frase me reconfortar, pois sou uma pessoa com tendência para agir por instinto, muitas vezes sem medir as consequências dos actos, devo dizer que fiquei confuso pois todos os anteriores ensinamentos indicam que planear é o caminho certo. Saber para onde vamos e como vamos é uma premissa fundamental do sucesso.

Das duas uma, ou a contradição existe ou estamos perante uma diferença de definição de sucesso. E há sucesso que requer planeamento e sucesso que requer simplesmente viver. Para esta segunda definição de sucesso o acto de planear é até um obstáculo e um adiamento inútil.

Então se o que muda é a definição de sucesso vejamos o que nos dizem os diccionários:

do Lat. successu, aproximação, bom resultado
s. m.,
aquilo que sucede;
acontecimento;
caso, facto;
êxito, resultado feliz;
parto.

De todas as definições não há nenhuma suficientemente esclarecedora. Será que a vida não deveria trazer livro de instruções?

Mas há mais contradições que me deixam perturbado.

"Não há duas sem 3" não é precisamente o desmentido do "à terceira é de vez"?

Para aqueles que estão a ler isto e que, como eu, estão confusos, chegou o momento de eu apelar à serenidade e, apesar de ver isto com alguma preocupação, dizer que estou certo que este tema será em breve esclarecido por quem de direito apesar do futuro nos surpreender quase sempre dando respostas a perguntas que o passado não fez.

Mãe

Quando o Raul nasceu ofereci à Paula um poema de Sebastião da Gama que se chama "pequeno poema".

Este fim de semana recebemos da mulher de Sebastião da Gama uma primeira edição do livro "Serra Mãe" autografada pelo autor. Uma relíquia. Acho que o Raul um dia vai gostar de ler.

De cada vez que a Paula se levanta às 3 da manhã para dar de mamar, antes de me virar para o outro lado e adormecer, releio mentalmente o "pequeno poema"...

Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.
As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...
Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

Sebastião da Gama

Ver com preocupação

Usar esta expressão no inicio de um comentário politico começa a ser um hábito e uma boa prática para um país que tem de poupar. Sim, Portugal não tem de poupar apenas na despesa pública, acho que é importante começar o exemplo da poupança pelo conteúdo das declarações politicas.

A expressão é eclética. pode-se usar em diversos momentos e está recheada de significado âmbiguo como se quer num bom comentário politico descomprometido.

O governo diz que a OTA vai para a frente, a oposição vê isso com preocupação. A oposição diz que o TGV é demasiado caro, o governo vê com preocupação esse comentário. O governo envolve-se na campanha presidencial, o Manuel Alegre vê isso com preocupação. Há suspeitas de aviões da CIA terem estado em território nacional, o PCP vê isso com extrema preocupação (neste caso a palavra "extrema" é um toque pessoal do PCP que torna a expressão mais superlativa mas não lhe altera a substância).

Imaginem que cada pessoa chamada a comentar qualquer coisa teria de dizer efectivamente o que pensa sobre cada tema. A que horas passavam os batanetes? Provavelmente o jornal da noite começava às 18 da tarde e os Morangos com Açucar eram "atirados" para a hora do lanche.

Não há melhor prova da extrema eficiência deste método do que este meu texto. Em vez de escrever 4 chatos paragrafos sobre este assunto podia ter dito apenas, com bastante maior eloquência: "Em relação a este assunto (uso da expressão ver as coisas com preocupação) vejo-o com alguma preocupação, mas aguardarei pela altura oportuna para me pronunciar em concreto sobre esta matéria".

Adicionar um ar sério e efectivamente preocupado e um olhar directo para as câmaras ignorando o reporter que nos colocou a pergunta, e aí temos o político poupado do século XXI. Também podemos apelar à serenidade e evoluimos para aquilo a que se chama "pose de estado".

O Raul também chora

"é um paz de alma"... "que bebé tão sossegado"... "assim não dá trabalho nenhum"... "que menino tão calminho".... POIS POIS!! Isso é porque não dormiram no mesmo quarto que ele ontem à noite.

O Raul decidiu chorar. Decidiu que devia testar a sua capacidade expressiva até ao tutano da paciência humana. Confesso que por vezes é dificil perceber onde acaba a sua vontade de comunicar e começa a sua vontade de chatear os outros. Sim, porque isto de chatear os outros já nasce connosco.

Agora mais a sério. O que preocupa os pais nessas situações não é o não conseguirem dormir, ou acabarem de ver sossegados um programa de televisão, ou simplesmente acabarem uma conversa. O que realmente nos incomoda é não percebermos porque é que o nosso filho chora. Para nós chorar é sinónimo de tristeza, de infelicidade, de frustação e, que diabo, a nossa missão é fazer dos nossos filhos pessoas alegres, divertidas, sociáveis, felizes consigo e com os outros. Se a criança chora estamos a falhar!

Acho que tenho de me habituar que desta vez a minha missão é muito mais díficil do que qualquer outra que tenha tido, e o seu sucesso ou insucesso escolhe caminhos que estou longe de conhecer e ainda mais longe de controlar.

Para as 1000 perguntas dos pais existem 10000 respostas nos livros, 100000 opiniões dos pediatras e 1000000 de bitáites dos observadores.

Para não me perder tento seguir o ensinamento sempre simples de Sebastião da Gama.. "O Segredo é Amar"... e felizmente isso é coisa que não falta!

Amizade

Ía a conduzir e a pensar no mau feitio de um amigo meu e pensei:

O que me faz ser teu amigo não são as tuas virtudes mas sim os teus defeitos. Conheço-os, compreendo de onde vêm e tu fazes o mesmo com os meus.

Se assim não fosse, os melhores amigos de toda a gente eram o Ghandi, o Martin Luther King, ou a Madre Teresa de Calcutá... Estes foram feitos para serem idolos, vistos como seres perfeitos pela maior parte da humanidade.

Se quisermos conhecer os seus defeitos perguntamos a quem? Aos seus amigos! Lá está!

É por estas e por outras...

"Era uma vez um cavalo... que vivia num lindo carrossel... tinha as orelhas furadas... e a cabeça era feita de papel... A correr, chá, lá, lá... a saltar, chá, lá, lá... o cavalinho nunca sai do seu lugar.chá, lá, lá..."

Infelizmente esta foi a música escolhida pela Paula para embalar o Raul. Digo infelizmente porque sinceramente isto não faz nenhum sentido, além de ser estúpido.

É estupido porque um cavalo de carrossel se tivesse a cabeça de papel quando chovesse ficava um cavalo sem cabeça num lindo carrossel cha la la cha la la. e onde é que os miudos se agarravam num cavalo sem cabeça?

Mas o mais grave é toda a ideia de inércia, de correr sem sair do lugar... é a antítese do empreendedorismo e da capacidade de iniciativa e proactividade que tanta falta faz na nossa sociedade. A correr sem sair do lugar é o que fazemos há quase 500 anos em Portugal.

É por estas e por outras que os móveis de Paços de Ferreira serão sempre só isso, os móveis de Paços de Ferreira... "Cavalinho não saía do lugar, CHÁ LÁ LÁ"!!!!!!!

Fabrica IKEA em Ponte de Lima

Sou cliente IKEA. Mais, sou fã IKEA, fã dos produtos, fã do conceito e, acima de tudo, fã da capacidade empreendedora do seu fundador.

Porém não pulei de alegria com a noticia de que o IKEA vai abrir uma fábrica em ponte de lima com benefícios fiscais dados pelo estado português.

A poucos kms de ponte de lima existe uma indústria de móveis com muito potencial. Matéria prima e competência não faltam em Paços de Ferreira. O que falta é um projecto consistente de expansão, com visão global. Não traria mais benefícios ao país se o estado investisse em juntar esforços na indústria dos móveis de paços de ferreira, criando uma marca global que pudesse competir internacionalmente com o IKEA?

A decisão é, no meu ponto de vista, esta: Queremos ser o país da mão de obra barata que produz marcas estrangeiras, ou queremos ser um país que aposta nas suas marcas em segmentos onde tem vantagens competitivas claras?

Esta decisão do governo dá a entender que queremos a 1ª opção, e isso deixa-me apreensivo.

Hoje vou ser gestor...

... quando tudo o que me apetecia era ser o homem das farturas!

Fumar é uma arte

... é a arte mental do equilbrio entre saber o que se quer e não se querer o que se sabe!

Quem não conseguir equilibrar estes dois factores perde. Ou porque não fuma sabendo que quer fumar ou porque fuma sem saber que não quer fumar.

A expressão vou espetar mais um prego é típica dos grandes Artistas!

6ª feira 13

Reparei que hoje é 6ª feira 13... esta constatação abre portas a outras conclusões como por exemplo a conclusão de que, sendo assim, ontem foi 5ª feira 12 e amanhã será sábado 14. Nada mau para um primeiro dia como bloguista (ou blogueiro).

Se for bloguista uma frase dita no blog é um bloguismo. Se for blogueiro, essa mesma frase é inevitavelmente uma bloguice.

Benditos sufixos cheios de significado!

Siga para bingo!

Não sei se a expressão é para ser levada à letra, mas tem um poder que vai muito além do que a mera deslocação de um corpo para uma sala de jogo.

Siga para bingo é partir com uma mochila cheia de vontade, é viver o que apetece, é crer que se pode só porque se quer.

Hoje, perante a frase "create your own blog", disse a mim próprio : Siga para BINGO!