Thursday, June 21, 2007

Começar (de) novo

Às vezes, arejado pelos buracos da alma, dou por mim a começar de novo. É tão bom começar de novo!

Quando pensava se preferia voar, ser invisivel ou ser o mais forte do mundo, acabava sempre por responder, a mim mesmo, que o que mais queria era mandar no tempo precisamente para começar de novo. Experimentar e, depois, começar de novo!

Hoje acredito que não é preciso mandar no tempo para que se possa começar de novo. Podemos faze-lo todos os dias, sejam, para tal, suficientemente arejados os buracos da alma que nos permitam ouvir o que ela nos diz e possamos mudar, todos os dias mudar mais um pouco, todos os dias começando de novo... alguma coisa!

Por vezes o medo de errar e a consciência formada de que nunca podemos começar de novo retrai-nos de experimentar coisas novas, de ousar, de arriscar... sobretudo de mudar!

E é por isso, que uma alma arejada arrisca, ousa e começa de novo... pois cada vento que por lá sopra só sopra uma vez, e uma vez ido já não volta! Ficam as saudades de um tempo que não se viveu, memórias de um vento que só se viu passar.

Hoje, de alma arejada, vou apanhar todos os ventos que aqui andam e começar de novo... muitas coisas!