Thursday, July 10, 2008

Proposta

Hoje há debate sobre o estado da nação no parlamento, mas antes disso já houv esta manhã na TSF. Estive quase para ligar para partilhar uma ideia que no outro dia surgiu em conversa com o CR... quanto custaria ao estado garantir a guarda e a educação de todas as crianças entre os 0 e os 3 anos de idade?

Como sabemos é um dos principais problemas do país e das pessoas (sim, o país e as pessoas são entidades diferentes). Do país porque a população tende perigosamente para um envelhecimento que no longo prazo nos deixará a todos a jogar à sueca nos bancos de jrdim sem que haja ninguém com idade para trabalhar na manutenção dos mesmo. E é um problema das pessoas porque poucas familias têm a possibilidade pagar 300, 400 ou 500 euros para por um bebe num berçário ou jardim de infância, pior ainda quando a mensalidade é a multiplicar por 2, 3 ou 4 filhos.

Quanto custa então?

Por ano nascem em Portugal cerca de 100000 bebes. Estimamos então ter cerca de 300000 bebes entre os 0 e os 3 anos de idade.

Um jardem de infancia médio custa 300 euros por mês vezes 10 meses... são 3000 euros por ano, mas este valor inclui lucro. Digamos que o custo (e tendo em conta também as economias de escala que teriamos) seria de 2000 euros anuais.

2000 euros anuais vezes 300000 bebes são 600 milhoes de euros. Quanto é que o estado perdeu por baixar o IVA de 21% para 20%? 750 milhoes de euros.

Alguem já sentiu a diminuição da taxa máxima do IVA a não ser as empresas que rapidamente o estão a incorporar nas suas margens? NÃO?

Quantos empregos directos criou a baixa do IVA?

Quantos empregos directos criaria esta proposta? Se para cada 15 crianças tem de haver uma pessoa (parece-me um rácio razoavel) são 20000 empregos. Obviamente que muitas hoje já ficam em colegios priivados e como tal haveria alguam migração e não seriam 20000 novos postos.

Haveria tambem lugar a investimento em infraestruturas, trabalho para constructores civis, jardineiros, empresas de materiais didáticos.

Estariamos também a contribuir para uma educação melhor para as nossas crianças, um ambiente calmo, didático e de confiança.

Mas muito mais importante do que tudo isto, haveria um efeito imediato e muito positivo na QUALIDADE de vida e na FELICIDADE das familias.

Que sociedade é esta que deixa que seja senso comum dizer-se que "não posso ter filhos porque não posso pagar"... enquanto um orçamento de estado tiver 1 euro que seja, se esse euro não for para isto então se justifica ir para nada. Se há dinheiro para um aeroporto, para um comboio, para asfalto e para baixar o IVA 1%, então tem de haver dinheiro para permitir que as pessoas possam ser pais e mães... pelas pessoas e pelo país.

4 Comments:

Blogger M said...

Cá está uma boa razão para fazeres greve de fome em frente ao parlamento.

Estás coberto de razão. O incentivo à Natalidade tem de ser uma prioridade do país. E a medida que propões faz todo o sentido.

Peca apenas por não ir mais longe: O estado dever-se-ia preoucpar com a promoção do papel da Familia, incentivando a licença de maternidade, o tele-trabalho, entre outras alternativas.

Mas o bercário seria um importante passo em frente

1:42 PM  
Anonymous Anonymous said...

Meu caro Amigo!

O que dizes tem muita razão!

E se fores mais longe podes aplicar o mesmo raciocinio a todos os sectores da sociedade! E aí vais chegar à conclusão que se o estado (todos nós em conjunto), de uma forma planeada, investissemos em "coisas" que são uteis para todos, todos sairiamos a ganhar: com menos custo para todos teriamos muito mais para todos!

Infantários, berçarios, produção e abastecimento de combustiveis, produção e distribuição alimentar, transportes, etc, etc, etc! Por aí fora até ao fim!

Ainda há almoços gratis para comer! E estão a ser comidos pelo capital!

Aquele abraço camarada!

Gonçalo

5:54 PM  
Blogger FM said...

Não me chames de camarada :-)... para mim o estado deve providenciar Educação, Saúde e Justiça... quanto ao resto cada um faz-se à vidinha... :-)

6:05 PM  
Anonymous Anonymous said...

Isso é uma frase de um comuna que quer parecer neo-capitalista! :-))

Qual é a diferença entre saúde, educação, justiça e tudo o resto? Onde é a barreira da intervenção do estado? O que define os limites dessa barreira? A opinião de cada um?

Cada um faz-se à vidinha... Se conseguiste provar no teu post que todos juntos, a trabalhar em conjunto, conseguimos fazer melhor, porque havemos de estar a trabalhar cada um por si?

Será que as pessoas não vêm isso? que "todos" conseguimos fazer melhor que "cada um"?

Gonçalo

11:23 AM  

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