Tuesday, September 04, 2007

Todos os dias...

Era um dia diferente dos outros,
Nascido de um ventre generoso, rodeado de rosas, coberto de cravos, caminhada tão longa e tão breve, tão breve quanto longa é a passada da vida.
Era um dia que dizia baixinho, rosnando, aqui e ali, sem o pudor do segredo,
Que fome, que sede de ar, pulmão infinito que roubou o vento e a brisa e o mar.
Era um desses dias de um dia guardar, sem amanhã, sem ontem, sem nada.
Daqueles que ficam assim... e assim sim são mais sede e mais fome e mais ar.
E eu ali... fino... mais fino que a finura de um adeus que não se quer dizer!
... a guardar a imagem do fim do vento roubado, até já não ser só eu a ver, mas também ser eu a soprar!

2 Comments:

Blogger M said...

saúda-se o regresso do blog e o brilhantismo do texto

5:04 PM  
Blogger Unknown said...

Que belo POEMA!

8:01 PM  

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