Wednesday, October 25, 2006

Adopção em paises em desenvolvimento

É uma moda, sim, mas é uma boa moda.

Angelina Jolie, Madonna e outros começam a despertar o mundo para uma realidade terrível de milhares de crianças que não têm outra hipótese do que a de morrer mais cedo ou mais tarde (mais cedo do que tarde), sendo que a curta vida será parca em sorrisos e repleta de medos, de fome, de dor e doença, de ausência de tudo, até de afectos.

Não misturemos conceitos, não podemos cair na falácia de que em áfrica todas as crianças têm de ser "salvas". Há muitas crianças felizes em áfrica, felizmente a maioria, e por isso é importante fazer esta ressalva para que a tendência da catalogação imediata e simplória não se revele também nesta questão.

Mas também é um facto que existem muitas crianças sem esperança de esboçar um sorriso que seja. E para essas sim a adopção por familias com condições de lhes dar uma vida melhor é sem dúvida uma solução cheia de mérito.

Mais ainda quando feita por pessoas de países diferentes da origem da criança. Mais do que o mérito de proporcionar uma vida feliz a uma criança, existe ainda o mérito de conseguir (quando conseguido) que essa criança não perca as suas raízes e se transforme num homem ou numa mulher do mundo, que conhece os previlégios de uma vida com oportunidades e sente a urgência dos que não as têm.

Essas pessoas serão sem dúvida especiais, principalmente quando aliarem uma capacidade financeira e mediática. Aí o seu poder é brutal e pode fazer a diferença.

Também eu fiquei com vontade de adoptar uma criança esquecida. Também fiquei com vontade de ajudar. Mas todos sabemos da diferença que vai entre a vontade e a acção.

Seja como for, e porque não devemos ter preconceitos, um aplauso sincero à Madonna, à Angelina Jolie, e a tantos anónimos que contribuem para um mundo mais solidário e mais justo, sem medo da diversidade pois o amor, esse, é um sentimento universal.

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