Thursday, June 01, 2006

Imagens de um escola? escola?

Ontem a RTP passou uma reportagem com imagens numa pseudo-escola em que os alunos reinavam, apalpavam colegas e professores, andavam à porrada, cantavam e dançavam, enfim, faziam de tudo menos aprender.

A primeira pergunta que faço é se isto é representativo da realidade actual? espero que não e acho que não. De qualquer forma, já é suficientemente grave o facto de acontecer nem que seja apenas numa sala de aula ou numa escola isolada.

Quem são os principais prejudicados? Os alunos, claro está! Miudos que acham que a vida toda vão ter uma sala de aula paga pelo estado, com cantina onde podem roubar à vontade, para o resto da vida.

Não vão... alguém lhes diz por favor que NÃO VÃO!!! a vida não lhe vai dar essas facilidades!! A vida vai exigir, o "bófia" não se vai deixar apalpar, o patrão não vai permitir que se dance no trabalho a toda a hora. Alguém os avisa!?!?!??

Acabei de ver a reportagem a pensar no modelo de escola dos anos 50 e 60 que imagino das histórias que ouvi do meu pai. Um modelo severo, tipo tropa, emm que se começava a cantar o hino, professores de régua de madeira sempre ligeira à procura de uma mão ou de um rabo mal comportado.

Essa escola, esse modelo, começa a parecer muito mais atractivo. Para onde estamos a caminhar? Para o modelo americano em que os miudos entram na escola passando por um detector de metais para ver se estão armados?

Prefiro a régua de madeira nas mãos de um professor! Apesar de nenhum dos modelos ser o ideal.

As sociedades são fenómenos frágeis baseados no respeito por pessoas e instituições. Se perdemos esse respeito perdemos a sociedade tal como a conhecemos.

Não pode ser proibido proibir. Há regras mestras. É como uma casa. Eu posso decorar o meu apartamento como quiser, depois de o decorar tenho ainda liberdade de me deitar da forma que quero, de me deitar no sofá, descalço ou com as botas cheias de lama, tenho esse direito. Mas não posso deitar um pilar do prédio a baixo nem mijar nas escadas.

Perguntava o José Alberto Carvalho ao Paulo (miudo de 16 anos que já abandonou a escola por ter excesso de idade e ficou-se pela 4ª classe): "Paulo o que queres fazer daqui a 2 anos?"... resposta do Paulo: "Nunca pensei nisso"

Quem te faltou Paulo? Pais? Modelos? Professores?

Um professor de régua de madeira ligeira ter-te-ia dado tanto jeito... pensei eu!

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