Sou EU!
Sou eu, daqui sou eu.
Quantas vezes dizemos isto: "sou eu"
E em que ciscunstâncias? dizemo-lo de forma tão intuitiva que nem reparamos na enormidade de significado que tem esta expressão.
Primeiro ao nível da figura de estilo que passa despercebida, mas está lá. "Sou eu" é antes de mais um pleonasmo, subtil, é certo, mas um pleonasmo, pois se "sou" terei de ser "eu", se em vez de "sou" dissesse "é" então a palavra seguinte era fundamental pois não saberiamos de quem estariamos a falar, "é o manel" "é o antónio", mas um "sou" dispensa qualquer acrescento, muito menos um acrescento que nada vem adicionar como o "eu".
O "sou eu" trata-se portanto, e numa primeira análise, de retórica de alto nível.
Mas o mais interessante é analisar a forma como o dizemos correlacionando-a com as suas circustancias.
À campainha de um prédio. TRRRIIIIMMM... Quem é?.... SOU EU!!! Um orgulhoso, altivo "SOU EU". Como quem diz, sou da familia, sou da casa, já estavas a pensar em mim, nem preciso de te dizer o nome... SOU EU!!
Mas na casa de Banho do escritório, sentados na poltrona, envergonhados com o cheiro que se começa a instalar, a pensar em quem será o seguinte, quem estará no corredor no preciso momento em que abrirmos a porta. De repente entra alguém, bate a porta.. quem está aí?... "sou eu"... baixinho, arrastado, quase impercetivel. Ou até um "está gente" com voz indecifrável.
Chamando-me eu Fernando, o pior que me pode acontecer quando estou num prédio, cá em baixo, junto à campainha, depois de dizer um orgulhoso "SOU EU" a maquina à minha frente diz "Mário?". A mesma situação na casa de banho seria o melhor que nos podia acontecer.
Creio que hoje foi daqueles dias em que houve mais vontade de escrever do que tema.
Quantas vezes dizemos isto: "sou eu"
E em que ciscunstâncias? dizemo-lo de forma tão intuitiva que nem reparamos na enormidade de significado que tem esta expressão.
Primeiro ao nível da figura de estilo que passa despercebida, mas está lá. "Sou eu" é antes de mais um pleonasmo, subtil, é certo, mas um pleonasmo, pois se "sou" terei de ser "eu", se em vez de "sou" dissesse "é" então a palavra seguinte era fundamental pois não saberiamos de quem estariamos a falar, "é o manel" "é o antónio", mas um "sou" dispensa qualquer acrescento, muito menos um acrescento que nada vem adicionar como o "eu".
O "sou eu" trata-se portanto, e numa primeira análise, de retórica de alto nível.
Mas o mais interessante é analisar a forma como o dizemos correlacionando-a com as suas circustancias.
À campainha de um prédio. TRRRIIIIMMM... Quem é?.... SOU EU!!! Um orgulhoso, altivo "SOU EU". Como quem diz, sou da familia, sou da casa, já estavas a pensar em mim, nem preciso de te dizer o nome... SOU EU!!
Mas na casa de Banho do escritório, sentados na poltrona, envergonhados com o cheiro que se começa a instalar, a pensar em quem será o seguinte, quem estará no corredor no preciso momento em que abrirmos a porta. De repente entra alguém, bate a porta.. quem está aí?... "sou eu"... baixinho, arrastado, quase impercetivel. Ou até um "está gente" com voz indecifrável.
Chamando-me eu Fernando, o pior que me pode acontecer quando estou num prédio, cá em baixo, junto à campainha, depois de dizer um orgulhoso "SOU EU" a maquina à minha frente diz "Mário?". A mesma situação na casa de banho seria o melhor que nos podia acontecer.
Creio que hoje foi daqueles dias em que houve mais vontade de escrever do que tema.
1 Comments:
gostei.
os temas nã existem, fazem-se.
e este foi genuíno. bonito.
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